O menino Guilherme Carey, era apaixonado pelo estudo da natureza. Enchia
seu quarto de coleções de insetos, flores, pássaros, ovos, ninhos, etc. Certo
dia, ao tentar alcançar um ninho de passarinhos, caiu de uma árvore alta. Ao
experimentar a segunda vez, caiu novamente. Insistiu a terceira vez: caiu e
quebrou uma perna. Algumas semanas depois, antes de a perna sarar, Guilherme
entrou em casa com o ninho na mão. - "Subiste à árvore novamente?!"
-exclamou sua mãe. - "Não pude evitar, tinha de possuir o ninho,
mamãe" - respondeu o menino.
Diz-se que Guilherme Carey, fundador das missões atuais, não era
dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os
homens. Entretanto, foi essa característica de persistir, com espírito indômito
e inconquistável, até completar tudo quanto iniciara, que fez o segredo do
maravilhoso êxito da sua vida.
Quando Deus o chamava a iniciar qualquer tarefa, permanecia firme, dia após dia, mês após mês e
ano após ano,até acabá-la. Deixou o Senhor utilizar-se de sua vida, não
somente para evangelizar durante um período de quarenta e um anos no
estrangeiro, mas também para executar a façanha por incrível que pareça, de
traduzir as Sagradas Escrituras em mais que trinta línguas. (...)
Foi durante o tempo que ensinava geografia em Moulton, que Carey leu o
livro As Viagens do Capitão Cook e Deus falou à sua alma
acerca do estado abjeto dos pagãos sem o Evangelho. Na sua tenda de sapateiro
afixou na parede um grande mapa-mundi, que ele mesmo desenhara cuidadosamente.
Incluíra neste mapa todos os dizeres disponíveis: o número exato da população,
a flora e a fauna, as características dos indígenas, etc., de todos os países.Enquanto
consertava sapatos, levantava os olhos, de vez em quando, para o mapa e
meditava sobre as condições dos vários povos e a maneira de os evangelizar. Foi
assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus para preparar a Bíblia, para os
muitos milhões de indus, na própria língua deles. (...)
"Aí está Carey, de estatura pequena, humilde de espírito,
quieto e constante; tem transmitido o espírito missionário aos corações dos
irmãos, e agora quer que saibam da sua prontidão em ir onde quer que eles
desejem, e está bem contente que formulem todos os planos".
Nem mesmo com esta vitória, foi fácil para Guilherme Carey concretizar o sonho de
levar Cristo aos países que jaziam nas trevas. Dedicava o seu espírito
indômito a alcançar o alvo que Deus lhe marcara.
A igreja onde pregava não consentia que deixasse o pastorado: somente com a visita
dos membros da sociedade a ela é que este problema foi resolvido. No relatório
da igreja escreveram: "Apesar de concordar com ele, não achamos bom que
nos deixe aquele a quem amamos mais que a nossa própria alma."
Entretanto, o que mais sentiu foi quando a sua esposa recusou
terminantemente deixar a Inglaterra com os filhos. Carey estava tão certo de que Deus o
chamava para trabalhar na Índia que nem por isso vacilou. (...)
Comtinua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário